Mês: fevereiro 2013

ELEFANTES NUNCA ESQUECEM!

Capa. Imagem da Editora.

Capa. Imagem da Editora.

Fiquei muito feliz ao ver este livro na lista dos pedidos pela escola da Si para este ano, pois é ótimo. Traz uma mensagem muito bonita sobre adoção e família. A indiana Anushka Ravishankar, autora do livro, conta a história de um elefante filhote que se perde de sua família em meio a uma tempestade. Sozinho, sente-se desprotegido. Ao procurar água, acaba encontrando uma manada de búfalos refrescando-se em um rio. É acolhido por eles e os acolhe. Cresce em meio aos búfalos. As diferenças não atrapalham, ao contrário, enriquecem essa nova família. Ao final, reencontra os elefantes, que o chamam para ir com eles, mas decide ficar com os búfalos, sua verdadeira família. As ilustrações de Christiane Pieper são muito boas. Pode ser lido para crianças já a partir dos 3 anos.

Fica a dica!

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A história começa.

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O encontro com os búfalos.

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Nova família.

Autora: Anushka Ravishankar

Ilustrações: Christiane Pieper

Editora: Manati Ano: 2009

Número de páginas: 48

AS CORES NO MUNDO DE LÚCIA

Capa. Imagem da Editora.

Capa. Imagem da Editora.

Um dos livros mais lindos que já li para minha filha. É a história de uma menina que conhece as cores de um jeito quase mágico. É assim que o autor, Jorge Fernando dos Santos, apresenta a protagonista:

Certa vez, conheci uma garota diferente de todas as crianças que havia conhecido. E, justamente por ser diferente, pareceu-me muito especial. Chamava-se Lúcia e se interessava por tudo à sua volta. Alegre e comunicativa, vivia para celebrar a vida como se fosse um presente dos céus.

Assim começa a história.

Assim começa a história.

Ao longo da leitura vamos nos apaixonando por essa linda menina e seu jeito todo especial de perceber o mundo. Lúcia não enxerga, mas isso não a impede de conhecer as cores. Ela utiliza seus outros sentidos para identificá-las. Para Lúcia, o azul tem “cheiro de cloro e o som de água respingando”; o branco é “seco e dobradiço feito papel, ou macio que nem o algodão”; e o negro é “a cor do céu quando anoitece”.

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O azul.

O branco.

O branco.

Além de ter adorado a maneira como o autor aborda a deficiência, gostei como tratou da questão étnica. Lúcia é negra, a família de Lúcia é negra. Várias pessoas com quem ela se relaciona são negras, desde o médico até o jardineiro. Isto é, não é um livro que fala da “inclusão” do negro em um meio branco. Mostra uma criança vivendo em um mundo multiétnico, como é o nosso.

Etnia.

Etnia.

As ilustrações de Denise Nascimento são realmente belas e complementam muito bem o texto. Super indico!

Autor: Jorge Fernando dos Santos
Ilustrações: Denise Nascimento
Editora: Paulus Editora
Ano: 2010
Número de páginas: 48

PLANETA CAIQUERIA

Imagem da Editora.

Capa do livro. Imagem da Editora.

Uma criatura que não tem memória e prende tudo em forma de histórias, trancadas em caixas empilhadas no Planeta Caiqueria. A Si conheceu o “Planeta Caiqueria”, livro de Hermes Bernardi Jr., na escola. O livro, repleto de poesia, conta com as maravilhosas ilustrações de André Neves. As ilustrações e as palavras brincam com os sentidos das crianças. E a história da criatura do Planeta Caiqueria é um convite à leitura e ao encantamento pelo universo das palavras, frases e histórias.

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O começo da história.

 No site da Editora, é possível ler este trecho do livro:

Histórias retangulares misturadas com quadradas.

Histórias amarelas

abraçadas com alaranjadas.

Histórias longas, narradas,

debochavam das curtas, rimadas.

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As caixas.

Na escola o livro foi bem explorado. A Si aprendeu a reconhecer os traços de André Neves, que também é escritor, e me ensinou. Hoje identificamos facilmente os livros por ele ilustrados. Diga-se de passagem, lindamente ilustrados. E todas as crianças fizeram, com suas famílias, uma criatura a partir de um “corpo” fornecido pela professora. Olha só como ficou a nossa:

Nossa criatura.

Nossa criatura.

A imagem que nos inspirou.

A imagem que nos inspirou.

Na escola o livro foi trabalhado com a turminha de 4-5 anos e no site da editora a faixa indicada é de 6-7 anos. Vai ler com suas crianças? Quem sabe depois de visitar o Planeta Caiqueria vocês também fazem uma criatura.

Fica a dica!

Título: Planeta Caiqueria

Autor: Hermes Bernardi Jr.

Ilustrador: André Neves

Editora: Projeto

Ano: 2003

Número de páginas: 32

O MONSTRUOSO SEGREDO DE LILI

Imagem da Editora.

Capa do livro. Imagem da Editora.

Suspense e muita imaginação! É isso que o livro “O Monstruoso Segredo de Lili” reserva aos seus pequenos leitores/ouvintes. Me apaixonei por esse livro desde o primeiro instante. Tenho certeza de que teria amado ler quando criança. E a Si curtiu muito! A história de Angelika Glitz inicia assim:

Lili deu uma risadinha.

– Eu tenho um segredo – disse para Pedro, quando brincavam de pular elástico.

– E qual é o segredo? – perguntou Pedro.

– Ora, se é um segredo, eu não posso contar – respondeu Lili.

A história começa.

A história começa.

A partir daí, Pedro passa a querer descobrir o segredo de qualquer jeito. Sua imaginação fértil especula mil e uma possibilidades. Além disso, ele tenta convencer Lili a contar seu segredo de várias formas, até mesmo oferecendo bolas de gude (que “estavam sujas com chiclete”).

Qual será o segredo de Lili?

Qual será o segredo de Lili?

A dica pode confundir.

A dica pode confundir.

A amizade de Lili e Pedro é muito doce. E as brincadeiras ao ar livre remetem ao tempo em que as crianças podiam brincar livremente na rua.

A história é uma delícia e as ilustrações de Annette Swoboda são muito bonitas. Super indico esse livro. Crianças a partir dos três anos vão adorar.

Qual será o monstruoso segredo de Lili? Só lendo para saber!

Fica a dica!

Título: O Monstruoso Segredo de Lili

Autora: Angelika Glitz

Ilustradora: Annette Swoboda

Editora: Brinque Book

Ano: 1999

Número de páginas: 32

A ÁRVORE GENEROSA

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Capa do livro. Imagem da Editora.

“A Árvore Generosa”, de Shel Silverstein, é um clássico da literatura infantil. Um livro de sensibilidade ímpar, que conta a história de um menino e uma árvore. O menino adora a árvore e a árvore adora o menino. O menino cresce e acompanhamos como o passar do tempo transforma essa relação. A história é linda e emociona leitores/ouvintes de todas as idades.

A Si adora ter os livros nas mãos, poder manusear, curtir as figuras e sentar grudadinha quando leio para ela. Mas também aprecia uma boa contação de histórias. Se é assim aí na sua casa, vale a pena dar uma olhada no vídeo feito pela Revista Crescer, com a contadora de histórias e atriz Ana Luisa Lacombe. Ela é ótima! Para acessar o vídeo, clique aqui. E no site da editora você pode ver uma breve animação que apresenta o livro. Para acessar, clique aqui.

Super indico!

Título: A Árvore Generosa

Autor: Shel Silverstein

Tradutor: Fernando Sabino

Editora: COSAC NAIFY

Ano: 2006 (a primeira é de 1964)

Número de páginas: 60

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE

Capa do livro. Foto da própria editora.

Capa do livro. Foto da própria editora.

Inicio o blog comentando um livro que nos encantou: “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, de Roald Dahl, edição “pop-up”. O livro apresenta uma versão resumida da história que já foi levada às telas duas vezes. A Si assistiu a última versão, dirigida por Tim Burton, com Johnny Depp no papel do dono da fábrica. Na web circulam memes com o Willy Wonka da primeira versão, interpretado por Gene Wilder.

Roald Dahl (1913-1990) é autor de outros livros infanto-juvenis, entre eles “Matilda” (que também virou filme) e “O BGA”, além de possuir obras destinadas ao público adulto. As histórias deles, mesmo as dedicadas às crianças, são carregadas de um humor, como direi, “estranho”. Sim, é no mínimo estranho imaginar uma criança mimada sendo jogada no lixo por esquilos e outra, gulosa, se afogar em um rio de chocolate. Fora as peripécias de Matilda e os “castigos” aplicados ao pai, que ficam para um post futuro. Mas são justamente essas “estranhezas” que encantam as crianças.

A criança "estragada".

A criança “estragada”.

Em “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, o dono de uma famosa e misteriosa fábrica de chocolates realiza uma promoção que garante às cinco crianças ganhadoras o direito de visitá-la e, ainda, receber vários prêmios. Para isso, é preciso encontrar o “Cupom Dourado” em uma das barras de chocolate. O grupo de crianças é constituído de personagens estereotipadas: a riquinha mimada, o gordinho guloso, a competitiva, o viciado em televisão e, por fim, o bom menino. O perfil de cada criança determina o seu destino. Assim, as crianças que não são “boazinhas” acabam mal e o “bom menino” recebe o prêmio máximo e ainda pode ajudar a família.

As dobraduras são muito bem feitas.

As dobraduras são muito bem feitas.

Não esperem desse livro (ou de qualquer outro de Roald Dahl) uma linguagem politicamente correta. Principalmente na letra das músicas que fazem parte da história. A título de exemplo reproduzo parte da canção que fala sobre o menino guloso (e gordinho): “Só pensa em comer, o gordo bobão”. Sim, tudo que pode servir de combustível para as crianças gozarem de outras e criarem apelidos. Então, é necessário conversar com a criança que está lendo/ouvindo a história para que reflita sobre isso. Mas nada que torne a obra, ao menos do meu ponto de vista, inadequada para crianças a partir de cinco anos.

Essa edição em pop-up, por ser resumida, é de fácil entendimento pelas crianças pequenas (principalmente se já conhecem a história pelo filme). Por outro lado, ficaram de fora algumas partes interessantes da história. As ilustrações são boas e as dobraduras (os famosos “pop-ups”) muito bem feitas.

Fica a dica!

Os "recortes de jornal" enriquecem a leitura.

Os “recortes de jornal” enriquecem a leitura.

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No livro há um “cupom dourado”.

Título: A Fantástica fábrica de chocolate – Livro Pop-Up

Autor: Roald Dahl

Ilustrador: Quentin Blake

Editora: Martins Editora

Ano: 2011

N.º de páginas: 20